Segunda noite de cinema ambiental no Centro Polifuncional de Pipa. O filme em cartaz às 19h è Lixo Extraordinário, mas ao público que chegou antecipadamente propusemos A gente luta mas come fruta da série Vídeo nas Aldeias.Criado em 1987, Vídeo nas Aldeias (VNA) é um projeto precursor na área de produção audiovisual indígena no Brasil. O objetivo do projeto foi, desde o início, apoiar as lutas dos povos indígenas para fortalecer suas identidades e seus patrimônios territoriais e culturais, por meio de recursos audiovisuais e de um produção compartilhada com os povos indígenas com os quais o VNA trabalha.
Em 2000, o Vídeo nas Aldeias se constituiu como uma ONG independente. A trajetória do Vídeo nas Aldeias permitiu criar um importante acervo de imagens sobre os povos indígenas no Brasil e produzir uma coleção de mais de 70 filmes, a maioria deles premiados nacional e internacionalmente, transformando-se em uma referência nesta área.
Às 19h15 começou o filme em cartaz: Lixo Extraordinário.
Lixo Extraordinário é um documentário, lançado em 2009, produzido pelos diretores brasileiros João Jardim e Karen Harley e pela diretora britânica Lucy Walker com participação na produção-executiva do diretor Fernando Meirelles.
O documentário relata o trabalho do artista plástico brasileiro Vik Muniz com catadores de material reciclável em um dos maiores aterros sanitários do mundo, localizado no Jardim Gramacho, bairro periférico de Duque de Caxias, cenário também de Estamira (2004), de Marcos Prado, outro documentário premiado.
Lixo Extraordinário mostra a transformação do material descartado em obras que compõem as paredes da alta sociedade carioca. O documentário mostra o encontro de Vik Muniz com sete trabalhadores locais, entre eles Tião Santos, presidente da Associação de Catadores do local, que produzem certa interferência na obra do artista brasileiro radicado em Nova Iorque. A maior parte dos diálogos acontecem em inglês, exceto as cenas com os moradores do Jardim Gramacho.
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